segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Raiva

Hoje eu tô com raiva do mundo. De todo mundo. TPM mode on, level extreme. Tô com raiva do molho de alho do carrinho de salgadinhos, com raiva da imagem da tv, que não tá boa, da minha falta de grana e da minha solidão.

Pronto, falei.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Post Repetido

Tal qual as histórias da minha nem tão dura vida...


(post retirado do blog Solteira na Ilha)



Então, eu acho que as pessoas vão ficar de saco cheio de ler as mesmas coisas, mas enfim...

Lá vou eu dizer mais uma vez que fico muito puta da vida com os manés com os quais me meto.

Aí que eu tava super afim de tirar o atraso, porque, né, atraso de quase 8 meses é muito foda. Antes de virar abstêmia e ver minha membrana restituída de tanta paradeira nessa vida, fui eu dar uma de gaiata e sair com mais uma dessas figurinhas repetidas. 

Eu tinha mandado um torpedo coletivo prá uma galera chamando prá vir aqui em casa beber. Todo mundo duro na época, nada melhor que juntar todo mundo na varanda do apê, fazer uma vaquinha básica e tomar uns gorós arrotando dentro de casa. Daí que acabei chamado o tal também. Na boa, foi prá todo mundo mesmo, foi na lista o nome de um monte de gente.

Não respondeu. Foda-se, não fez falta. Mas eis que, 2 semanas depois, o pessoa manda torpedinho chamando prá sair. Tá vamos lá: solteira, sozinha, livre, desimpedida e ligeiramente precisada, eu não tinha porque recusar. Tá que ninguém escreveu em letras garrafais o que queria, mas vamos combinar: as coisas acontecem assim mesmo. Eu também não saí com o pensamento "hoje tem", mas ó: a gente sabe que pode rolar, é comum.

Eu fui, vi e ganhei a noite, né? Que papo vai, papo vem, o clima rola e a gente faz o quê? Faz o que Mariazinha fez atrás da cerquinha.

Muito bom, né? O gosto, o cheiro, a pele. Transar com quem a gente conhece e se dá bem é ótimo. Mas sabe o que é? Eu sempre detestei matemática. Daí que essa coisa toda de sair, transar sem compromisso, é muita matemática. A fórmula é simples: somam-se a transa e o cara e o resultado é: tesão de pequena duração, que acaba quando você entra no táxi de volta prá casa.

Olha, deixando muito claro: eu não espero que ninguém me ligue no dia seguinte, é isso mesmo que acontece. O que eu digo é que eu não gosto disso.

Aí vem a pergunta: por que é que faz então, porra??

Porque vida de gente solitária às vezes é que nem saco furado: você enche, enche, mas tá sempre vazio. E às vezes a gente tem aquelas necessidades, sabe? Então, o foda é que prá suprir a gente se submete a isso. Os momentos são deliciosos, mas o silêncio do depois é um insulto. Não proposital, não intencional, mas é um insulto. A desobrigação é uma ofensa, muito embora quem se presta ao papel de fazer sexo sem ter laços afetivos não devesse se queixar de não ter carinho. Sexo sem compromisso não tem o dever de oferecer carinho a seu ninguém. É prá matar a vontade. E mata! Sei lá, acho que eu reclamo disso como tem gente que reclama que comer pimenta é bom, mas arde a língua. É um prazer que tem seu preço, se quer, coma e não reclame.

Eu não tenho raiva de ninguém, não fico magoada com ninguém, é matematicamente certo que vou repetir uma, duas, três vezes, mas assim, equacionalmente incomodada com a situação, sigo solteira na Ilha..

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Scrivimi


Hoje eu nem sei dizer porque, mas senti saudades de quando eu te escrevia. É, de quando trocávamos longas cartas, aquelas nas quais imprimíamos nossa energia, aquelas que colocávamos na caixa do correio. Já existia e-mail, meu Deus, há quanto tempo! Mas eu gostava mesmo era de escrever. Eu sempre falei que e-mail era muito impessoal.

Nosso contato nunca se perdeu, ainda bem. De longe eu não sinto seu cheiro branco, mas de fato nunca estivemos muito longe um do outro só pelo fato de nos importarmos. Os telefonemas trocados vão desde a necessidade de dar uma notícia importante até o puro capricho de parabenizar quando o time ganha no futebol.

Mas hoje senti saudades das cartas. Da ansiedade gostosa ao abrir a caixinha de correspondências do prédio e encontrar um envelope que era só meu, de correr pro quarto e abri-lo já com um sorriso nos lábios. E sempre responder. Às vezes nem tinha muita coisa prá ser dita, mas as cartas estavam lá: "Vitória, 21 de novembro de mil novecentos e nem lembro mais". Era uma delícia!

Como é que eu vou dizer que te levar assim, como uma lembrança tão gostosa, não é bom?

Tem dias em que minha nostalgia me acomete, mas não me entristece. Nasci saudosista, não sofro com isso.

Quando puder, scrivimi!

terça-feira, 8 de maio de 2012

Profissão: Vagabundo

Abriu um mega shopping center na Serra. Coisa bonitona que só. Funciona desde dezembro.

Eu nem fiquei sabendo, mas há exatos 30 dias atrás o cinema ultramudernoso foi assaltado. Um dos ladrões era porteiro do cinema, e tinha que pagar dívidas de drogas.

Mas o que mais surpeendeu foi a pérola do comparsa dele:

"Entrei nessa porque estava desempregado e minha filha estava prá nascer. Agora vou morar de graça (no presídio) e minha filha não vai passar necessidade, porque vai receber o auxilio do governo".

Putaquepariu! Quem dá conta de uma merda dessas?

domingo, 6 de maio de 2012

Que raiva!!!

Texto retirado do blog Solteira na Ilha

Como todo castigo prá encalhado é pouco, essa fim de semana não foi diferente.

Um digníssimo socorrista que vira e mexe tá lá no serviço fez o que pôde desde o comecinho do ano prá me convencer a dar uma bola prá ele. Mexeu comigo, entrou numa discussão minha com um colega sobre peso ( e elogiou as formas fartas da bonita aqui que até desconfiei), comprou um milkshake de ovomaltine do Bob's - meu preferido - no dia em que me encontrou num shopping com o Filhote só prá agradar, telefonou, mandou torpedo, perseguiu, abordou no serviço, me deixando até sem jeito.

Até que a panaca cedeu...

Ele combinou de sairmos na sexta. Tá, eu tava muuuito afim, uma porque ando sozinha, outra porque o dia tinha sido exaustivo, e seria bom relaxar. E claro, vou confessar que o cara é um gato e eu não sou de ferro.

Mas...

O bonito não veio. Casa do cacete! Não veio, não ligou, não avisou. Isso porque tava muitíssimo interessado.

Aí, sabe o quê? Me trolar na minha TPM é foda. Aí eu, que não tenho sangue de barata (aquele bicho tem sangue?), não me aguentei e liguei. Desaforo! Juro que ia vociferar um balde prá cima do sujeito. Daí ele atendeu, falou "alô, alô" como se não estivesse ouvindo. Eu desliguei e liguei de novo. Claaaaro que ele não atendeu mais. 

Tá, eu não vou ter paciência com quem vier com a filosofia de que eu tenho que me valorizar, e que eu não devia ter ligado porra nenhuma. Sabe porquê, querido diário? Porque foda-se se eu não devia ter ligado, porque meu saco já anda muito do cheio de ter que me comportar assim ou assado, e também ando cheia de ser trolada. Então eu liguei meeeesmoooo. Porque minha paciência não é santa, oras!

Dane-se se o comportamento tem que ser este ou aquele. Eu fiquei muito puta mesmo. Mas, não tendo prá onde correr, não tendo um saco de areia pendurado no teto do quarto prá socar (a idéia até que é boa...), não me restou muita coisa prá fazer: tirei a roupa bonitona, o salto, a maquiagem (olhava no espelho e me perguntava onde guardei o nariz de palhaço...), vesti minha camisola sentindo uma raiva da porra, sentei na cama e chorei. É, chorei.

Aí vão falar que eu também não devia ter chorado... Pros infernos, eu chorei. Meu estômago doía adoidado, eu sentia tanta raiva que saía fumaça da cabeça. Então eu chorei. Chorei muito, chorei das 23 às 01:20h, quando a bateria do meu netbook acabou e a tv a cabo saiu do ar, não me restando muita coisa a não ser deitar e ir dormir. Passei um bom tempo com um colega no bate-papo do Facebook desabafando, praguejando, lendo ele falar aquela coisinha de sempre no mais puro estilo "ele não te merece, você é legal demais", etc e tal. Curioso: no final, um homem prá desabafar... Minha amiga Aba também conversou comigo, mas acho que a paciência dela esgotou, então sobrou o coleguinha. Irônico...

Não é uma tragédia, meu mundo não caiu, eu não vou sofrer até morrer por causa disso. Mas meu copo ando cheio, então muito pouco tá me fazendo esburrar (é, porque copo de capixaba esburra mesmo). Então eu vomitei minha raiva chorando. Tá bom, já passou,  agora resta ter que tolerar ver eventualmente a cara da peça rara lá no serviço sem bater. É, porque dá vontade de bater...

Ai, preciso de descanso. Assim,  de saco muito cheio, eu sigo Solteira na Ilha...

terça-feira, 10 de abril de 2012

Idem

Miloca, eu também não morri, nem fui institucionalizada (embora algumas vezes talvez até precisasse).

Eu também enchi o saco. 

Só prá constar: nesse tempo, a mãe do Benzinho morreu (chato, eu me dava bem demais com ela), a direção do meu trabalho mudou e a nova chefe não vai com a minha cara (o que significa que qualquer bom dia atravessado, tô na rua), e eu continuo batendo cabeça com os sacanas que insistem em se aproximar (devo ter ímã prá isso, ou tô com uma uruca daquelas)

Enfim, o pulso ainda pulsa.

Beijinho procês!

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Voltas que o mundo dá

Então que dia desses, muito à toa na vida, engatei um bate-papo com o Jornalista, que resolveu aparecer pelos Faces/MSN da vida.
Papo vai, papo vem, já era madrugada, o momento confissão rolou solto e aí trocamos uns "vontade de te ver de novo'.
Tá, andamos nos falando via telefone, sexta ele me chamou prá sair. Rolaram uns beijinhos bons, mas foi só.

Daí que o bonito era só chamego... E eu me pergunto porque é que esta vida bendita que Deus me deu me apronta umas dessas... 

Vale a diversão, né?